sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Reencontro


Imagem aqui.


Naquela noite fria de Outono, o “Bar – A Toca do Urso” estava à pinha! Este era um bar sem “rótulos”, onde não existiam qualquer tipo de preconceitos. Era frequentado por todos os géneros sexuais, não tinha importância se as pessoas eram: homossexuais, bissexuais e nem heterossexuais. Também não havia preconceitos com raças, xenofobia. Parecia uma pequena comunidade numa sociedade secreta, mas no bom sentido. Ali todos se entreajudavam. Ali todos eram bem-vindos e todos se sentiam bem.

A música ambiente era “lounge”, a decoração tinha requinte, elegância e muita sensualidade. O vermelho e o negro do local, encorajavam qualquer um dos clientes a relacionarem-se de alguma forma, nem que fosse apenas por uma noite… Porém, o “Bar – A Toca do Urso” não era de modo algum uma casa de alterne. Era um bar para as pessoas sociabilizarem umas com as outras. A única divisão de alas que tinha eram as salas para Fumadores/Não Fumadores. Neste bar serviam-se pequenos-almoços das 4h30 às 8h30 da manhã e almoços do meio-dia às 14h30 também. Durante a noite a entrada era restrita a menores de 18 anos, que eram confirmados por via do Cartão do Cidadão. Este era o primeiro bar do género em Portugal, inclusive, já tinha ganho prémios importantes, porque incentivava e ensinava as pessoas a serem mais solidárias umas com as outras. Adorava frequentar este bar, algures na zona do Barreiro, na avenida da praia.

Dirigi-me ao balcão e pedi um gin tónico, estava muito bem-humorada. O meu amigo Urso, gerente e dono do bar, veio ter comigo com a bebida que havia pedido.

─ Oi! Que se passa, moça? Como estás hoje? ─ Perguntou-me curioso. Ele conhecia-me bem e era o meu melhor amigo, embora tivesse idade para ser meu pai.

─ Estou óptima, a vida corre-me bem! He, he…  ─ Respondi, alegre.

─ Entendo, hoje vai ser a tua noite.

─ A minha noite?! Então? Não estou a perceber. Porque estás a dizer isso?

─ É que desde que chegaste, alguém ali ao fundo ainda não tirou os olhos de cima de ti.

Sorrio e olho para ver de quem está ele falar: Reconheci-a, era a Aline. Ela sorriu--me e eu mantive-me séria. Ver Aline naquele momento, foi como ser atingida com um soco no estômago… Não contava com isto!

─ Não estou interessada naquela ali, a sério.

─ Mentirosa! Olha que quem desdenha, quer comprar. ─ Disse o Urso a sorrir.

─ Não estou a desdenhar, só que não a quero. Ponto final.

─ Mas ela está toda interessada em ti. Está toda boa, toda jeitosa... Uma verdadeira femme fatale[1]!

E era verdade, Aline era mesmo uma femme fatale e estava vestida a rigor, com uma blusa de seda preta, echarpe de tigresa, minissaia preta, meias de renda e botas altas de tigresa. Ela atraía-me muito e isso era um facto.

─ Precisamente por isso é que não quero. Já tive a minha conta e foi o suficiente. ─ E com estas palavras, bebi a restante vodka de um trago só.

─ Tu não eras rancorosa! Estou admirado com a tua reacção! Nota-se que te quer de volta… Ou melhor, nota-se que está com muita fominha, he, he ─ gracejou ele.

Não respondi, mas dei um ar de riso.

─ Pelo teu silêncio, ‘tou a ver que ainda não esqueceste como é bom alimentá-la! Ah, grande Cris, por isso ela não para de te “mirar”. ─ Exclamou o Urso dando-me uma palmadinha nas costas. ─ Esta é por minha conta, ─ disse ele servindo-me outra vodka bem aviada.

Em seguida ele afastou-se e foi atender um casal numa mesa que havia chegado há poucos minutos. Logo depois dirigiu-se até à mesa de Aline, pois ela fez-lhe sinal. Eu observei de longe toda a cena.

─ Tenho pena que ela não seja hétero, porque senão tentava a minha sorte! ─ Disse-me ele ao balcão e preparou as bebidas para ir entregar aos clientes nas mesas.

─ Como é que sabes que ela não é hétero? Eu não sei e ela também não sabe.

─ Como?! Não estou a perceber. Vou levar isto e já volto.

─ Está bem. Eu vou ali fora um bocadinho respirar um pouco de ar.

Dirigi-me até à porta da rua para respirar um pouco de ar, porém, estava um gelo lá fora e resolvi então, voltar para dentro e encontrar uma mesa onde me pudesse sentar, uma vez lá dentro o ambiente estava melhor. Escolhi um lugar num canto meio encoberto, perto da banda que estava a actuar naquele momento. Queria estar sozinha mas não queria pensar em nada. Precisava de barulho.

─ O que foi? ─ Perguntou o Urso, surpreso.

─ Não posso deixar-me levar por ela, novamente… Não posso mesmo.

─ Então porquê? Não tens ninguém, qual é o drama de lhe dares umas valentes “trancadas”? Não percebo, pá!

─ Preciso pensar… ─ Respondi bebendo novamente de um trago só, o conteúdo do copo.

─ Hey, amiga, tem calma…

─ Eu estou calma. Vai buscar-me outra vodka, por favor e desta vez, traz-me uma dupla. Preciso pensar mesmo.

─ Não é bebendo dessa maneira que vais conseguir… Relaxa.

─ Fogo… ─ Respondi.

─ Tem calma, Cris. Vou buscar.

De facto, eu não queria mesmo e sentia-me incomodada com a sua presença. Com ela ali, vinha tudo à memória, especialmente quando fazíamos amor. Era uma coisa espectacular, de loucos! Ela ainda mexia comigo e muito…

Subitamente uma mão com um cigarro por acender, surge do meu lado direito e uma voz feminina que me era familiar, pergunta-me:

─ Tens lume?

Era Aline. Meti a mão no bolso das calças e retirei um bonito isqueiro prateado da Zippo. Não fumava regularmente, era raro, mas gostava de isqueiros e tinha a convicção de que ter um isqueiro no bolço tinha sempre utilidade. Acendi-lhe o cigarro em silêncio.

─ Eu sabia que não me ias desiludir agora, ─ disse Aline.

Eu olhei-a e fiquei calada, fingindo estar mais interessada na banda. Ela foi-se embora e eu respirei fundo, finalmente podia relaxar e apreciar o show. Recostei-me no sofá e fechei os olhos para sentir a música. Estava sozinha mas pensava em Aline. Ainda a desejava e muito, só que não queria quebrar. Ela tinha-me magoado deveras por me ter trocado por outra pessoa. Porém, o silêncio durou pouco tempo. Ela voltou…

─ Notei que estavas com o copo vazio e fui buscar uma bebida para nós.

─ Obrigada. ─ Respondi secamente.

─ Ficas tão sexy com esse teu jeito de durona. Excitas-me, sabias?

Novamente fiquei em silêncio e não olhei para ela.

─ Não me convidas para sentar…?

─ Que aconteceu com a tua mesa? ─ Repliquei.

─ Perdia… e gostava de ver o show, mas já está tudo ocupado…

Olhei em volta e realmente o bar estava cheio, já não haviam mais lugares disponíveis. Então, fiz o gesto para que ela se sentasse em qualquer sofá onde me encontrava, mas sem abrir a boca.

─ Obrigada, ─ disse ela pousando a mala na mesa ao lado da bandeja com as bebidas que tinha trazido e sentou-se no meu colo propositadamente. Não me mexi, mas a vontade de a agarrar e de a beijar intensamente era cada vez mais forte. Um calor imenso aumentava nas minhas virilhas.

─ Estás cada vez mais linda, sensual…

─ Que estás a fazer, Aline…? ─ Perguntei-lhe quando ela afrouxou o nó da minha gravata.

Ela não me respondeu e começou com as carícias. Beijou-me o pescoço, a orelha e eu não consegui resistir. Abracei-a e beijei-a na boca apaixonadamente, as mãos dela tactearam os meus seios por cima da roupa que imediatamente me tornou os mamilos duros.

─ Que estamos a fazer, Aline? ─ Perguntei-lhe por entre beijos, quase sem controlo.

─ Estamos a matar saudades, Cris… ─ respondeu mordendo meu beijo. ─ Era tão bom quando fazíamos as pazes… Lembras-te?

─ Não podemos fazer isto, ─ respondo.

─ Podemos, Cris. Tenho tido tantas saudades dos teus beijos, da tua boca, das tuas mãos… ─ Diz sentindo a minha mão a subir na sua perna. ─ Ahh… ─ Ela geme no meu ouvido baixinho, a minha mão continua o seu caminho e apalpa-lhe o sexo dentro da calcinha. ─ Ahhhh…, estás a deixar-me louca… ─ murmura, abrindo as pernas um pouco mais.

─ Estás molhada, ─ digo, sentindo a sua vagina húmida e quente.

─ Só tu me deixas assim… Desde que te vi entrar no bar que fiquei com vontade de ti.

─ Ah, sim? ─ Pergunto começando a masturbá-la esfregando-lhe o clítoris que se torna duro de tanto desejo que ela sente.

─ Ahhh…, aqui não, Amor… ─ geme, afastando a minha mão e levando-a à sua boca. Chupa e lambe meus dedos, molhados do seu sexo. Fico molhada também.

─ Aline, não faças isso aqui. Hummm… Sabes que me excitas demais, assim ─ e nisto, deito-a no sofá beijando-a loucamente.

─ Amor, está aqui muita gente. Vamos para um lugar onde possamos estar mais à vontade, quero tanto que me possuas ─ e beija-me louca de desejo, lambendo meus lábios.

Levanto-me, arranjo a roupa melhor e ajeito o chapéu. Pego-lhe na mão e vamos até ao bar para pagar a conta.

─ Quanto é? ─ Pergunto ao Urso, com a Aline beijando a minha orelha.

─ Amanhã falamos, ─ diz ele e estende-me umas chaves de onde eu já conhecia o lugar.

─ Obrigada, amigo ─ respondi agradecida.

─ Boa noite, Cris e até amanhã ─ disse ele todo sorridente.

Fomos a andar até a umas escadas que ficavam do lado de fora do bar e que iam dar até ao sótão do “Bar – A Toca do Urso”, onde havia um quarto com casa de banho privada. Era um quarto que o Urso usava para si próprio para dormir de vez em quando, ou para emprestar a alguns amigos especiais quando os momentos eram especiais, tal como o desta noite. Porém, pelo caminho, os beijos que trocávamos intensificavam o nosso desejo e nós acabámos por rendermo-nos nos braços uma da outra.

─ Não aguento mais, come-me aqui mesmo, Amor na rua ─ ordena-me Aline.

Encostei-a contra uma parede e a minha mão rebentou-lhe os botões da blusa de seda, que desnudaram uns belos seios brancos em forma de pera e mamilos erectos, não de frio mas de enorme excitação. Abocanhei aqueles bicos tesos e chupei-os intensamente, mamei, lambi e mordi-os fazendo-a soltar um grito mudo de prazer.

─ Estou quase, Amor, AHHHH… ─ exclamou Aline.

Puxei-lhe a saia para cima com as mãos, rasguei-lhe as meias e arranquei-lhe as calcinhas encharcadas com os dentes. Passei com a ponta da língua naquela vagina escaldante e Aline abriu-se para mim, gemendo e contorcendo-se de prazer completamente rendida às minhas carícias. Lambi-lhe o clítoris inchado, rosadinho que como um botão de rosa se abria para mim. Então, comecei a desfolhar com a minha boca aquela flor exótica que ela tinha entre as coxas. Chupei-a apaixonadamente, alternando com suaves mordidelas, ao mesmo tempo que lhe massageava os seios e apertava os seus bicos. Rapidamente, Aline, teve um orgasmo que foi precedido por múltiplos orgasmos, inundando assim, a minha boca com o seu mel delicioso com um gemido tão profundo que se assemelhava a um uivo de uma loba. Ela estremecia na minha boca.

Após “limpar” tudo levantei-me e beijei-a na boca para que ela provasse o seu mel no meu beijo. A lua-cheia brilhava no céu, abençoando a nossa tórrida paixão naquela gelada noite de Outono que não apagava o nosso fogo, mas que ao contrário ainda nos mantinha mais acesas.

─ Minha loba, que saudades ─ disse beijando-a novamente com ardor, segurando o seu rosto.

─ Só tu me fazes ter tanto prazer. Só tu me deixas rendida, Amor, quero-te mais e mais, toda a noite… ─ Disse Aline, com os olhos brilhando de satisfação, mas ainda com muito desejo.

─ Não estás saciada ─ sorri.

─ Ainda não, passou muito tempo sem te ter. Sou viciada em ti, nos teus carinhos.

─ Então é melhor irmos para dentro. Está frio. Ainda apanhamos uma pneumonia aqui fora.

Ela cedeu e beijou-me mais uma vez. Carregando-a no colo, entramos na casa e levei-a para o quarto onde iniciámos uma louca sessão de sexo que durou quase a noite toda, cheia de prazer e êxtase profundo, agraciada de orgasmos multiplicados entre as duas. Seguidamente, adormecemos enroscadas e abraçadas, exaustas de tanta actividade prazerosa.

Por volta das 7h30 da manhã, o sol acorda-me com seus ainda ténues raios e com a sua luz anunciando um novo dia. Volto-me para o outro lado da cama e Aline continua a dormir, nua ao meu lado.

Observando os seus cabelos negros e longos, sobre os seus seios acendeu o meu desejo mais uma vez. Céus, que fogo sentia eu dentro de mim e muito mais intenso agora do que 2h00 antes.

Aproximei-me cuidadosamente e rocei suavemente minha penugem púbica na sua coxa, queria ver com ela reagia e saber se hoje ela ainda me queria, ou se esta madrugada tinha sido apenas um devaneio seu, como uma mera euforia resultante de um desejo e paixão ilusórias.

A minha segurança foi readquirida pelo gemido de prazer que ela soltou quando me sentiu a roçar levemente. Beijo-a com intensidade e ela corresponde. As nossas línguas enroscam-se dançando juntas. Os nossos corpos enroscam-se seguindo o exemplo das nossas línguas, as minhas mãos tacteam o corpo dela explorando-o com mestria e ela murmura de desejo:

─ Faz amor comigo, Cris. Estou tão quente, tão louca… Hmm… Adoro quando me acordas com tanto fogo.

Aline, roça seu sexo no meu com movimentos alternados aos meus. A cama estremecia freneticamente, fazendo um ruído que nos excitava bastante. A nossa respiração era entrecortada e o ritmo cardíaco, aumentava consideravelmente, anunciando um orgasmo extremamente louco, ela arranhou-me as costas e o clímax foi dos mais intensos que experimentamos uma com a outra.

─ Amo-te tando, Amor, minha Cris ─ disse-me abraçando-me e beijando-me com ternura.

Após estes momentos, levei-a ao carro e cada uma de nós seguiu para as suas casas. Na despedida, Aline convidou-me para jantar nessa noite num restaurante que ela gostava muito e que eu não conhecia. Eu não aceitei imediatamente, disse-lhe que ia ter um dia agitado de trabalho, stress e que mais tarde falávamos pelo telefone.

Mas se fui ou não jantar com Aline conto no próximo conto. Na verdade, estava confusa e precisava de colocar as ideias em ordem. As coisas estavam a ir depressa demais… Não queria iludir-me novamente com ela.



Autora,

Cris Henriques



[1] Nota da Autora: Femme fatale – é uma expressão Alemã que significa mulher fatal, mulher sedutora, na tradução do dicionário de Alemão - Português.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Melhor Despertar Que Se Pode Desejar...


Acordei de madrugada da melhor maneira que se pode imaginar… A tua boca beijava o meu pescoço e a tua mão massajava os meus seios suavemente. A tua mão macia, sabia bem o que fazer e deixava-me louca de prazer. Geralmente, era eu que tomava a iniciativa e que te procurava. Gostava de te possuir e tu adoravas o meu jeito dominador, permitindo sempre que assumisse o comando. Dizias que nunca tinhas tido uma mulher como eu, que nunca conheceras tanta criatividade e energia juntas numa só pessoa, nem que nunca tinhas tido um prazer tão intenso como era comigo e que perto de mim, todos os teus outros relacionamentos amorosos e experiências sexuais não passaram de meras experiências que se tornaram insípidas desde que me conheceras. Sentias-te como uma virgem sempre que fazíamos amor. “— Com você, é sempre a primeira vez meu amor…” — dizias-me tu com o teu sotaque brasileiro com pronúncia mineira, muito sedutora e doce que me encantava.

No entanto, depois da tua cena de ciúmes injustificada desta noite, deitaste-te zangada comigo e foste para o sofá da sala batendo com a porta. Tentei conversar contigo e mostrar-te que aquela pessoa era apenas alguém que precisava de orientação psicológica. Contudo, essa mulher havia sido minha namorada e tu fazias vista grossa a amizades vindas de amores, ou paixões antigas. Os teus ciúmes não eram difíceis de suportar, pois tu ficavas apenas amuada e em silêncio durante algumas horas desde que não se tratasse de ex-namoros e este não era um caso destes… Assim, acabei por adormecer sozinha sem ti.

Vieste para o nosso ninho de amor de madrugada, senti-te deitar mas deixei-me ficar no meu canto. Tinha sido a nossa primeira briga em 7 meses de namoro e nem tu, nem eu sabíamos como resolver a situação. O diálogo era a melhor solução, mas quando estavas enciumada não dava para conversarmos. Assim fiquei quieta, embora estivesse louca para fazer amor contigo.

“O melhor mesmo é resolver isto amanhã…”, — pensei e voltei a adormecer, mas não foi por muito tempo… Aproximaste-te devagar, procurando meu corpo quente que clamava pelo teu. As tuas mãos percorreram meu corpo suavemente principiando pelos meus seios, que receberam a maravilhosa sensação do toque dos teus dedos que descreviam círculos nos meus mamilos que imediatamente se tornaram rijos despertando-me de um sono quase profundo. A tua boca e língua, beijavam o meu pescoço e o ombro, ao mesmo tempo que a tua mão ousada se precipitava para dentro dos meus boxers. Acariciaste o meu clítoris com os dedos muito delicadamente e, ao teu toque soltei um gemido sem conseguir continuar a dormir.

— Desculpa meu ciúme, amor. Faz amor comigo, estou sedenta de você… — sussurraste ao meu ouvindo lambendo-o e esfregando o meu clítoris agora mais intensamente.

Sem qualquer palavra, voltei-me para ti e olhei-te nos olhos com intensidade beijando os teus lábios. O nosso beijo tornou-se mais ardente, ao contornar os teus lábios com a minha língua, mordi-o de seguida. O teu corpo arquejava debaixo do meu, quando enroscámos as nossas línguas. Sentia-te quente e húmida, estavas prestes a ter um orgasmo.

— Possui-me amor, não aguento mais… — pediste cheia de desejo.

— É cedo, quero presentear-te com um duplo. — Respondi rouca com um imenso desejo.

Desci com a minha boca por todo o teu corpo, alternando entre beijos, lambidas, mordidas e chupadelas na tua pele. Comecei pelos teus seios beijando-os, lambendo em círculos e mordiscando os teus mamilos empinadinhos de tanto prazer. A seguir soprei levemente nos teus seios molhados da minha língua, a tua pele arrepiou-se e tu soltaste um novo gemido. Repeti o processo novamente e de seguida, fui descendo pelo teu corpo com a língua até aos teus pés. Detive-me no teu ventre lambendo o teu umbigo por alguns momentos. Tu continuavas gemendo cada vez mais alto, pedindo que te tomasse, mas eu estava determinada em levar-te à loucura com tanto prazer e isso acabou por acontecer quando subi pela tua perna com a língua, beijando, mordendo seguindo pela estrada que me encaminhava para o meu lar: as tuas coxas.

— Me faz sua, Amor… Não estou conseguindo aguentar mais… Vem me possuir… — Imploravas gemendo.

Por fim, cheguei às tuas coxas. Comecei por passar a língua pelas tuas virilhas, mas só com a ponta alternando com pequenas mordidas. De seguida, passei com a língua pelos teus pequenos lábios, depois pelos grandes lábios e tu abriste-te como uma flor para mim. Contornei o teu clítoris com a ponta da minha língua, como se o estivesse a desenhar com um pincel numa tela de pintura a óleo. Dei-te uma lambida, seguida de uma chupadela profunda, beijei e mordisquei ternamente, voltei a lamber várias vezes debaixo acima, uma e outra vez aumentando o ritmo sempre que o fazia. Arrepiavas-te, gemias e contorcias-te, após ter inserido a minha hábil língua fazendo vai e vem dentro de ti, soltaste um enorme grito enlouquecida contorcendo o teu corpo todo. Estavas a ter um orgasmo múltiplo e eu continuava a saborear-te tranquilamente, bebendo do teu vinho quente que vertias na minha boca embriagando-me e matando a minha sede.

— Te amo tanto, Amor…

— …Muito, muito, muito — disse eu, completando a tua frase beijando-te apaixonadamente na boca.

Não saciada ainda, encaixei-me nas tuas coxas e rocei o meu clítoris no teu apoiando as tuas pernas nos meus ombros para alcançarmos o tão desejado clímax juntas, que não tardou a ser atingido. Prolongando o nosso beijo ardente, roçámos em conjunto intensamente até nos tornarmos num só ser, entre gemidos e gritinhos abafados. As tuas mãos arranharam as minhas costas, mordi o teu pescoço e estremeceste debaixo de mim. Tivemos um maravilhoso orgasmo fundido as nossas almas uma na outra.

Adormecemos agora saciadas, abraçadas, trocando beijos doces e muitos “cafunés”, como tu dizias com o teu sotaque de Minas Gerais. Lá fora já clareava e a lua em quarto minguante, no seu último dia, despediu-se do sol com um beijo e um sorriso com a promessa de uma noite de amor. Amanhecia e o céu estava com lindos tons rosa, laranjas e azuis prometendo um quente dia de Verão. Quente como o nosso amor e fogoso como a nossa paixão.


Cris Henriques

sábado, 21 de abril de 2012

A Poderosa Helena


Saí do trabalho, já a uma hora tardia devido a uma reunião com os directores de uma empresa de lingerie sensual feminina. O dia tinha sido muito bom, pois as minhas ideias para o slogan para o spot publicitário foram aceites com grande entusiasmo, principalmente pela presidente da empresa para a qual apresentei o projecto. Mas a noite foi bem melhor do que eu imaginava…


Helena de Menezes era uma mulher muito interessante, bonita, inteligente, elegante e muito requintada. Tinha cabelo ondulado de um tom castanho muito escuro quase preto, pele morena bronzeada, olhos verdes muito intensos que me lembravam a imensidão do mar e o verde de uma floresta virgem. A boca tinha lábios carnudos, o corpo era bem cuidado para uma mulher de 50 anos, mas que não aparentava mais de 40 anos. Tinha estatura mediana, seios redondos e fartos, cintura modelada, ancas largas e pernas longas, bem torneadas das horas passadas no ginásio.


Sim, sentia-me atraída por aquela mulher desde o primeiro momento que a vi. Pensava nela frequentemente, principalmente quando me masturbava. Imaginava a boca carnuda de Helena a lamber meu clítoris rosado e erecto da sua língua quente e molhada… Outras vezes, imaginava-me a possuir aquela mulher roçando com força o meu clítoris, até ela uivar de tanto prazer como uma loba o faz à lua cheia quando se encontra no cio. Atingia assim, o orgasmo poucos minutos depois, com aquela louca fantasia. Não estava apaixonada por ela, o que sentia era puro tesão.


O problema é que ela era muito altiva e sempre que nos encontrávamos, ela estava acompanhada pelo marido 20 anos mais novo que ela. Mais pareciam mãe e filho, por isso nem me atrevia a supor que ela poderia corresponder ao meu desejo sexual, além do mais, ela não demonstrava ter atracção por mulheres. Então, resolvi esquecer o assunto ontem à noite.


No entanto, hoje ela apresentou-se sem o marido e o meu projecto chamou mais a sua atenção. Durante a reunião ela concentrou-se completamente em mim, não só em cada palavra que proferia, como também nos meus gestos. Eu notei que aquele interesse dela não era só a nível profissional, pois o seu olhar perseguia-me e não me abandonava. Eu olhava-a intensamente e usava o meu charme para a seduzir. Sempre queria ver o que ela queria. Queria ter a certeza se aquela atenção era para mim, ou para o projecto que lhe divulgava e acabei por ser pouco discreta. Realmente não levou muito para eu esclarecer a minha dúvida. Logo depois de apresentar a minha ideia, ela dirigiu-se para os meus colegas e não mais me olhou nem falou comigo. Saiu sem se quer um olhar…


Na rua a chuva caía fina e fria, o que era bom porque ajudava a apaziguar o meu tesão pela Helena e também a minha frustração por ela só ter interesse no meu projecto. Dirigia-me a correr para apanhar o metro para ir para o estacionamento onde tinha o meu carro e ir para casa, quando ouvi um carro buzinar atrás de mim. Afrouxei o passo e voltei a cabeça para ver o que se passava, imediatamente vi uma limusina a parar ao meu lado. Não conseguia ver nada, o carro tinha vidros fumados mas eu sabia quem era. Era a Helena. A porta abriu-se e lá estava ela de óculos escuros.


─ Entre, preciso falar consigo para me esclarecer uma dúvida que se me apresentou à pouco.


─ Com certeza, com licença. ─ Entrei dentro da limusina e imediatamente ela insinuou-se, inclinou-se sobre mim para fechar a porta ao meu lado. Senti o seu perfume e isso, voltou a excitar-me novamente.


─ Luís, continue o caminho. ─ Ordenou Helena ao motorista.


─ Sim, minha Senhora ─ respondeu o motorista obedecendo a Helena.


─ Espero que não tenhas nenhum compromisso combinado para hoje, porque esta noite adivinha-se longa ─ disse olhando para mim com o desejo no olhar, olhar esse que me fez sentir nua e muito desejada também. Isto deixou-me molhada de tesão, querendo tomá-la para a fazer sentir-se mulher como nunca ninguém o tinha feito.


─ Não, nada de importante e que eu não possa resolver depois.


─ Óptimo, é assim que eu gosto: uma mulher imponente e livre, sem compromissos com ninguém. Posso tratar-te por tu?


─ Sim, Dr.ª Helena.


─ Credo, Dr.ª Helena não. Trata-me por Helena apenas, repara, estamos só nós duas aqui e além disso, não estamos na empresa agora a tratar de negócios ─ disse-me piscando um olho e ao dizer estas palavras, Helena carregou num botão e um vidro fumado que dividia a cabina do motorista, da parte onde estávamos subiu deixando-nos mais à vontade.


─ Ai, não?! Então e aquelas dúvidas que me disse ter quando me abordou na rua?! ─ Perguntei enfrentando-a e desafiando-a.


─ Calma, ainda tenho dúvidas sim. Descontrai, estás muito tensa. Respira fundo.


─ Ok, tudo bem. Peço desculpa. Quais são as suas duvidas?


─ As minhas dúvidas são as seguintes… Como reages se te mostrar isto? ─ E subindo o vestido, abriu as pernas mostrando-me o que há semanas sonhava ver: a sua vulva. Distraidamente, passei a língua nos meus lábios, tal era o tesão que sentia.


─ Faço isto… ─ e inclinei-me sobre ela, puxando-a para baixo pela cintura para a lamber e assim o fiz. Passei com a língua nos lábios grandes e depois pelos pequenos, a seguir chupei o seu clítoris suavemente. Helena gemia rendida ao prazer que lhe estava a proporcionar.


─ Ah, tão bom… Não pares, querida…  ─ ordenou ela.


─ Aqui quem manda sou eu, entendes? ─ E dito isto, enfio-lhe a língua quente dentro da vagina encharcada. Começo por fazer vai e vem devagar, para ir aumentando o movimento mais rápido, ao mesmo tempo que friccionava o clítoris dela com a mão alternando com pequenas palmadinhas. Metia a língua cada vez com mais força, mais, mais e mais até que ela gritou com o orgasmo duplo que lhe proporcionei. Senti todo o seu leitinho quente na minha boca, lambendo e limpando tudo. Helena era deliciosa tal como imaginei. Beijei-a na boca prolongadamente, ainda com o seu gosto doce. Ela correspondeu ao meu beijo.


Porém, eu ainda não estava satisfeita. Então, tirei-lhe a roupa toda sofregamente e despi-me também. Virei-a de costas para mim, afastei-lhe os cabelos da nuca e beijei-a nesse local. Soprei suavemente na nuca molhada, beijei e mordisquei o seu pescoço, o ombro, massajando seus seios enormes e apertando os seus mamilos com as pontas dos dedos, ao mesmo tempo que me roçava com os mamilos erectos nas suas costas e com o pequeno tufo de pelinhos da minha púbis no rego do seu cuzinho. Ela contorcia-se de prazer, dando gritinhos e gemidos abafados. Estava perto de mais outro orgasmo e eu sabia-o.


─ Ah, penetra-me com força amor, peço-te. Não aguento muito mais tempo… ─ Implorou-me Helena.


Desci com a ponta da língua até ao cuzinho dela e lambi, salivei e enterrei-a fundo no seu anel. A seguir, meti e tirei com força e fiz vai e vem com 3 dedos naquela vagina quente e encharcada. Em poucos minutos ela estremeceu e teve um orgasmo triplo vaginal com um duplo anal.


─ És deliciosa, pões-me louca, sabias? Tens uma língua que é uma coisa assombrosa. ─ Exclamou Helena recuperando o fôlego.


─ Há muito que te desejo, para falar com sinceridade é desde a primeira vez que te vi.


─ Porque nunca te insinuaste?


─ Estavas sempre acompanhada pelo rapazola, além de que, não sabia se gostavas de mulheres e...  ─ a sua boca calou-me com um beijo ardente.


Após mais algumas carícias e preliminares, os nossos corpos reacenderam-se de tesão e novamente fizemos sexo desvairadamente. Esgotadas, adormecemos por fim nos braços uma da outra. Acordamos meia hora depois quando o carro parou em frente a um enorme portão dourado, que se abriu mecanicamente e se fechou logo depois de o atravessarmos parando num jardim maravilhoso cheio de estátuas de estilo grego e com diversas flores, arbustos, árvores e uma fonte. Aquilo tudo fez-me lembrar o Jardim do Éden, mas no estilo pós moderno!


─ Onde estamos? Não me digas que cheguei ao Paraíso e nem me dei conta de ter morrido! ─ Exclamei a rir.


Helena deu uma sonora gargalhada e disse sorrindo:


─ Não, estamos no jardim da minha mansão em Tróia. Ficas comigo esta noite? ─ Perguntou olhando profundamente nos meus olhos.


─ E o teu marido…? ─ Perguntei preocupada.


─ Viajou por 3 dias, não te preocupes.


Entramos na mansão e tivemos sexo toda a noite pela madrugada fora, até amanhecer. Só adormecemos depois das 6 horas da manhã inteiramente saciadas. Esta foi a minha primeira experiência sexual com uma mulher mais velha, casada e milionária.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Cruzado

http://colinavaticana.blogspot.com

“Há muito, muito tempo atrás existiu um jovem Cruzado muito forte e corajoso. Era um bom guerreiro, cumpridor de todas as ordens e missões que os seus superiores lhe ordenavam. Gostava de lutar e conquistar, era um bom companheiro de armas e nunca abandonava nenhum dos seus companheiros.


Após as missões cumpridas com bravura, os chefes davam-lhe algum tempo para descansar e para estar com a sua família. Porém, além de mulher e um filho, ele tinha uma amante muito fogosa. Assim, raramente estava com a esposa. Apesar de a amar muito, não sabia muito bem como havia de lhe demonstrar seus sentimentos. Não era muito conversador e nem sabia o que falar. Entendia-se melhor com ela debaixo dos lençóis, na cama. Durante o dia, tratava das suas terras, dos animais e reparava o que havia para fazer. Muito trabalho, só regressava ao castelo quando a noite caía. Para ele esta vida era muito monótona, estava mais à vontade no campo de batalha. Fora por esse motivo que se tornara Cruzado, não era pela Fé, mas antes para fugir aos trabalhos da quinta.


A sua esposa era uma mulher muito doce, muito jovem e muito crente em Deus, mas também era muito tímida e não sabia o que dizer ao seu marido. Fora educada para não falar muito, para não se expor para manter o recato, para ser uma boa mãe e boa esposa. Em suma, fora educada para o servir. E de facto assim o era, muito ligada ao filho. Cuidava, alimentava, mimava e brincava com o menino. Ele apreciava as qualidades dela e gostava de ter mais jeito com a criança, mas como tinha tido uma infância muito dura por um pai muito severo e nunca recebera amor, tinha dificuldade em ser espontâneo e com as questões emocionais.


Quando o marido estava em casa, andava muito feliz e tentava estar o mais tempo possível com ele. Queria agradá-lo e quando ele ia trabalhar lá para fora, ela ia para a janela bordar ou coser alguma coisa, mas não o perdia de vista. Ao jantar, tinha sempre a refeição dele pronta a horas e a comida que ele mais gostava. Porém, ele parecia não apreciar nada daquilo e ela sentia-se triste. Mas quando faziam amor, ele era muito diferente, muito carinhoso, dedicado e só parava quando ela estava plenamente saciada. Ele era muito perspicaz e através do olhar que ela lhe mostrava, sabia que estava satisfeita. Era um óptimo amante.


Quando ele partia para as missões, ela sofria muito mas na despedida mostrava-se forte. Não queria que ele a visse chorar, não queria preocupa-lo. Ela era muito religiosa, temente a Deus e rezava muito pelo marido. Rezava para que nada de mal lhe acontecesse e para que estivesse sempre são e salvo. Como ela o amava…


No entanto, ele achava-a fria de sentimentos. Porque não chorava ela quando ele partia nas suas missões, interrogava-se ele. “Não me ama…”, concluía por fim. Tinha sido devido a suas incertezas, que arranjara uma amante. Esta, era completamente diferente da sua esposa, mais extrovertida, comunicativa, misteriosa, sensual, sedutora e muito ardente na cama. Faziam sexo a qualquer hora do dia e muitas vezes, mesmo durante a noite. Esta era mais insaciável e tomava muito a iniciativa. Não era necessário que chegasse a noite e variavam muito as posições. Isto agradava-lhe, o sexo com ela era absolutamente fenomenal, selvagem! Ela satisfazia todos os seus caprichos. Por isso, ele ia-se embora de casa mais cedo e de forma imprevisível para ir ter com a amante… Mas não a amava, tudo o que sentia por ela era um intenso desejo sexual. Ela gostava dele, mas também não o amava, embora ele acreditasse que sim.


Certo dia, no regresso ao acampamento e após deixar a amante sentiu-se vazio interiormente. E foi nesse mesmo dia que a sua vida deu uma volta de 180º. Naquela batalha os Cruzados foram surpreendidos por um inimigo poderoso, com um vasto exército e foi um autêntico massacre. Ele foi um dos poucos que sobreviveram e ao perceber isso, começou a pensar na sua vida e questionou-se acerca da sua existência humana. Desesperado e a chorar como uma criança, espetou a espada no chão e caiu de joelhos, olhando para o céu negro de braços abertos e gritou para Deus a plenos pulmões: “PORQUÊ???” Chovia torrencialmente e subitamente ocorreu um enorme trovão e Deus falou com ele. Disse-lhe: “SOBREVIVESTE PORQUE FOI-TE DADA UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE PARA CUMPRIRES A TUA MISSÃO TERRENA. TEM FÉ! ESCUTA A TUA VOZ INTERIOR E MUDA DE VIDA.” E Deus calou-se.


Ele pensou na vida que tinha tido até àquele dia. Pensou na família, na sua maravilhosa e linda esposa, no filho que tinha os olhos da sua mulher mas que era tão parecido com ele. E pensou na sua amante, na sua vida de Cruzado. Que sentido fazia aquilo tudo? Que deveria fazer para mudar a sua vida?? Então, no seu espírito surgiu a Luz e ele despertou para a sua verdadeira missão. Agarrou na sua espada e montando o cavalo foi para casa, para junto da sua família. Mulher e filho correram para ele para acolherem-no de braços abertos. Finalmente sentiu-se amado pela sua esposa, sentiu-se feliz e compreendeu que estava vivo, como se tivesse renascido das cinzas como uma Fénix. Afinal, o que é uma vida sem Fé e sem família? “Um vazio”, concluiu cheio de Fé em Deus e olhando para o céu.”





Cris Henriques

sábado, 21 de janeiro de 2012

A Surpresa


Era a noite mais quente do ano. Na cama deitado, nu, ali estava eu morrendo de calor e de saudades daquela que me havia deixado e partira para Paris, a fim de aceitar uma irresistível proposta de trabalho. “‑ É apenas por seis meses”, dissera ela. Mas os seis meses haviam-se prolongado por um ano. Desde que eu voltei de Londres, em que fui a trabalho, que não tenho notícias dela. Durante uma semana inteira não parei de lhe telefonar e de lhe enviar mensagens para o telemóvel, mas como ela não me atendeu, não me devolveu as chamadas e nem respondeu às minhas mensagens, resolvi escrever-lhe um e-mail, e já lá vão três semanas sem qualquer resposta…

A certa altura tocaram à campainha. Levanto-me vestindo o roupão de seda azul-escuro, que ela me oferecera como presente no nosso primeiro fim-de-semana prolongado juntos e sem ninguém para atrapalhar. Tudo me lembrava de ti e tu, nem um sinal me dás… Dirigi-me à porta:

‑ Quem é? – Pergunto pelo intercomunicador. Ninguém respondeu. Rapidamente, espreito pelo olho de vidro e, para minha grande surpresa, vejo um enorme ramo de rosas vermelhas! – Deve ser engano! – Penso eu em voz alta abrindo a porta.

‑ Será que me perdoas? – Perguntou-me uma mulher irresistivelmente bela, que imediatamente me beijou com ardor, deixando-me sem palavras! Era ela, a mulher que eu tanto amava.

‑ Quando foi que voltaste? – Perguntei por entre os beijos.

‑ Hoje, desculpa não ter respondido aos telefonemas, nem ter atendido e de não ter respondido às tuas mensagens e ao teu e-mail, mas é que eu queria fazer-te uma surpresa e deixar-te louco de saudades. – Justificou-se, retomando a sessão de beijos cada vez mais intensos.

‑ E foi isso mesmo que conseguiste!

Mal entrámos no apartamento fechámos a porta e começámos a fazer amor desenfreadamente, ali mesmo, encostados à porta da rua. Foi ela que tomou a iniciativa abrindo-me o roupão e percorreu todo o meu corpo com beijos. A dada altura, deteve-se entre as minhas coxas e acariciou-me o pénis erecto com as mãos e depois chupou-o intensamente, proporcionando-me uma maravilhosa sensação de prazer, que me obrigou a fechar os olhos, temporariamente, para poder apreciar melhor o momento. Percebendo que eu estava prestes a atingir o clímax, depois de eu ter estremecido, ela parou erguendo-se de seguida e eu compreendi que era a minha vez de lhe retribuir todo o prazer que tinha recebido.

Despi-lhe a gabardina de cabedal negro e, fiquei bastante surpreendido ao deparar-me com o facto dela trazer vestido apenas uma lingerie com um cinto de ligas vermelho! De seguida, retirei o sutiã para lhe libertar os seios aprisionados e acariciei-os, beijando-a até os mamilos ficarem rosados e duros. Depois de lhe beijar a barriga, tirei-lhe as cuecas e prontamente, saboreei o seu clítoris e vagina ardentes, que ainda mal lhes tocara, já esta se tinha aberto para mim, tal como uma flor se abre ao ser tocada pelos primeiros raios de sol, ao mesmo tempo que, com uma mão, lhe acariciava as pernas levando-a ao rubro do prazer.

‑ Vem amor, já não aguento mais. Quero sentir-te dentro de mim… ‑ pediu ela, ofegante.

Obediente levantei-me e erguendo-lhe uma das pernas, penetrei-a com toda a minha virilidade. Os nossos corpos moviam-se com movimentos ascendentes e descendentes, freneticamente; até que por fim atingimos o orgasmo, sendo ela a primeira, mordendo-me o ombro e gritando de prazer. Instantes depois, foi a minha vez de alcançar o clímax, e soltando um profundo gemido de prazer, expeli o meu esperma quente dentro dela.

Deixámo-nos ficar quietos por alguns minutos, recuperando as forças e celebrámos o nosso amor com um beijo cheio de ternura. Onde minutos antes havia bebido dos seus seios, matando assim a minha sede, brotavam agora, pequenas gotas de suor.

‑ Quanto tempo ficas? – Perguntei depois de a ter deitado na cama, deitando-me ao seu lado.

‑ Que tal para sempre? – Perguntou-me ela, enquanto brincava com o pequeno tufo de pêlos do meu peito.

‑ Amo-te, querida – e ao dizer isto, ela beijou-me o peito e aninhando-se de encontro a mim, disse:

‑ Eu também, amor. Tive tantas saudades tuas.

‑ E eu tuas. – E beijamo-nos novamente.

Ainda voltámos a fazer amor naquela noite, mas já sem pressas, pois tínhamos todo o tempo do mundo. Quando o sol despontava no horizonte, atingimos o clímax total em perfeita sintonia. Foi um dos momentos mais lindos das nossas vidas. Instantes depois, já o dia tinha nascido. Adormecemos nos braços um do outro, exaustos daquela noite de amor.


Fim


Autora:
Cris Henriques


Nota: A fotografia destina-se a ilustrar o conto e como não pretendo violar direitos de autor, deixo aqui o link onde a encontrei: http://newserrado.com/wp-content/uploads/2011/10/Fazendo-amor.jpg. Obrigada.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Tradutor

Page Rank